PROPOSTA DO BLOG :

Sendo a Educação Inclusiva um processo que amplia a participação de todos os estudantes nos estabelecimentos de ensino regular, este blog se propõe a fazer uso da ferramenta internet como meio de abordagem humanística e democrática, que percebe o sujeito e suas singularidades. Será um instrumento de buscas, uma revista digital de novas descobertas, um arquivo de sugestões, de dicas e portanto um diário de bordo de um caminho a ser trilhado rumo à inclusão escolar. SEJAM TODOS BEM VINDOS!

domingo, 27 de fevereiro de 2011

REFLEXÃO...

Por Carla Cinara


Vejo como muito necessária uma reflexão acerca do desejável e do possível no tocante a uma Sala de Recursos Multifuncionais(SRM) e à prática do professor de Atendimento Educacional Especializado (AEE).
Vale ressaltar que formada em Magistério em 1999, graduada em Letras Vernáculas em 2005 e pós-graduada em Estudos Literários em 2007, tenho toda a minha prática profissional voltada para turmas regulares, embora nelas, por diversas vezes eu tenha contracenado timidamente com a educação inclusiva, onde esta era apenas uma formalização do direito que o aluno especial tem de freqüentar salas regulares e também era um processo de angústia como profissional, vez que faltava-me aporte para o desenvolvimento da aprendizagem desses.Tratando ainda da minha prática profissional, lecionei em escolas particulares nos anos 2000 e 2001, quando fui aprovada em concurso público municipal, carreira em que me encontro inserida até os dias atuais, e que me deu o desafio de atuar a partir deste ano numa sala de AEE.
Pesquisando bastante acerca da Inclusão Escolar, funcionamento de SRMs e atuação de profissionais de AEE, pude observar o zelo com que as salas são organizadas, a variedade de equipamentos, as incríveis adaptações e muitos profissionais apaixonados. Entretanto, vejo que é preciso estar com a mente muito além do deslumbramento e da simples atuação no contexto! É preciso primeiramente o amor e dedicação, mas é extremamente necessário que o profissional planeje sua atuação, registre diariamente suas práticas e o resultados delas, analise o sujeito de forma constante desde sua chegada, oferecendo qualidade no serviço e não apenas no espaço.
As atividades deverão atender toda a clientela, mesmo que sejam necessárias várias e diferentes tentativas...
Sei que preciso de muita formação,informação, mas principalmente de atuação, pois só a prática me permitirá a busca por um ideal e não apenas pelo óbvio proposto. Estou ansiosa por firmar parceria com as famílias, com a escola e toda comunidade escolar. Enquanto aguardo pela chegada dos materiais pra tornar a sala linda, estou lendo muito, observando práticas nesse mundão à minha volta e certa de que a rede em que atuo irá me oferecer progressivamente o suporte que necessito para fazer a educação inclusiva real, pautada no possível e em busca sempre do ideal!

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Entrevista com uma professora de Sala de Recursos Multifuncionais



Nesta entrevista com a professora de SRM (Elaine Mendes), podemos ter uma ideia de como a Assistência Educacional Especializada funciona. Ela fala sobre a organização do plano de AEE, contato e parceria com pais e professores das turmas regulares dos alunos na anamnese e investigação de interesses e potencialidades; trata dos diferentes perfis de sua clientela; explica como se dá o encaminhamento dos alunos à sala de recursos; comenta a diferença entre o professor de SRM e o da turma regular em relação aos alunos especiais e ainda diz o que acha necessário para a manutenção do AEE.

youtube: Sala de AEE



AEE na Escola Estadual Jovita Gonçalves da Silva

no Município de Santa Bárbara de Goiás .

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

PARA REFLEXÃO

O que muda não é a diferença. São os olhos…


Existe uma estória que foi construída em torno da dor da diferença: a criança que se sente não bem igual às outras, por alguma marca no seu corpo, na maneira de ser… Esta, eu bem sei, é estória para ser contada também para os pais. Eles também sentem a dor dentro dos olhos. Alguns dos diálogos foram tirados da vida real. Ela lida com algo que dói muito: não é a diferença, em si mesma, mas o ar de espanto que a criança percebe nos olhos dos outros [...] O medo dos olhos dos outros é sentimento universal. Todos gostaríamos de olhos mansos… A diferença não é resolvida de forma triunfante, como na estória do Patinho Feio. O que muda não é a diferença. São os olhos…

RUBEM ALVES
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EDUCAÇÃO ATENTA ÀS DIFERENÇAS

Carla Cinara Luz

No Brasil, a discussão sobre a inclusão escolar já é alvo de muito interesse. O DECRETO Nº 6.571, DE 17 DE SETEMBRO DE 2008 dispõe sobre o atendimento educacional especializado, o qual deve integrar a proposta pedagógica da escola, envolver a participação da família e ser realizado em articulação com as demais políticas públicas, promovendo condições de acesso, participação e aprendizagem no ensino regular ,garantindo a transversalidade das ações da educação especial no ensino regular;fomentando o desenvolvimento de recursos didáticos e pedagógicos que eliminem as barreiras no processo de ensino e aprendizagem; e assegurando condições para a continuidade de estudos nos demais níveis de ensino.
O Atendimento Educacional Especializado (AEE), destinado aos alunos público alvo da educação especial, é um serviço que identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando as suas necessidades específicas, bem como privilegiando o desenvolvimento dos alunos e a superação dos limites intelectuais, motores ou sensoriais, visando o acesso ao conhecimento, permitindo ao sujeito sair de uma posição passiva e automatizada para o acesso e apropriação ativa do próprio saber.
De acordo com a política de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva ,o AEE se realiza na sala multifuncional, que é um espaço equipado e organizado preferencialmente em escolas comuns das redes de ensino. O AEE deve ser realizado no período inverso ao da classe regular frequentada pelo aluno (não necessariamente na mesma escola).
O professor de AEE deverá identificar e desenvolver estratégias educativas visando a superação das dificuldades de aprendizagem dos alunos nas turmas regulares,avaliando o aluno, a gestão do seu processo de aprendizagem e acompanhando-o tanto na sala de recurso multifuncional quanto na interlocução com o professor do ensino comum.
A gestão escolar tem um papel central na quebra de paradigmas e efetivação de uma inclusão real, pois parte de lá as decisões sobre a formação dos professores, as mudanças estruturais e as relações com a comunidade. É preciso ter em mente que o desafio de escolarizar todas as crianças no ensino comum, não é tarefa apenas da educação especial, mas de todo o corpo escolar e das redes públicas de ensino, entretanto não basta garantir a acessibilidade, mas também, os serviços educacionais que forem necessários para garantir a permanência e a aprendizagem escolar.
A política de inclusão começou a se concretizar, de modo que as redes de ensino já se encontram em um processo de organização para receber e oferecer as condições de aprendizagem a todo seu alunado, revendo suas práticas pedagógicas, não mais ignorando a diferença de seus alunos.
Inclusão não é apenas um ato de amor, mas de responsabilidades e compromisso constantes.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O PAPEL DO GESTOR NA INCLUSÃO - Nova Escola


Para quebrar antigos paradigmas e incluir de verdade, todo diretor tem um papel central. Afinal, é da gestão escolar que partem as decisões sobre a formação dos professores, as mudanças estruturais e as relações com a comunidade. Aqui você encontra respostas para dúvidas importantes sobre a inclusão, relacionadas à gestão administrativa.


1. Como ter certeza de que um aluno com deficiência está apto a frequentar a escola?
Aos olhos da lei, essa questão não existe - todos têm esse direito. Só em alguns casos é necessária uma autorização dos profissionais de saúde que atendem essa criança. É dever do estado oferecer ainda uma pessoa para ajudar a cuidar desse aluno e todos os equipamentos específicos necessários. "Cabe ao gestor oferecer as condições adequadas conforme a realidade de sua escola", explica Daniela Alonso, psicopedagoga especializada em inclusão e selecionadora do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10.

2. As turmas que têm alunos com deficiência devem ser menores?
Sim, pois grupos pequenos (com ou sem alunos de inclusão) favorecem a aprendizagem. Em classes numerosas, os professores encontram mais dificuldade para flexibilizar as atividades e perceber as necessidades e habilidades de cada um.

3. Quantos alunos com deficiência podem ser colocados na mesma sala?
Não há uma regra em relação a isso, mas em geral existem dois ou, em alguns casos, três por sala. Vale lembrar que a proporção de pessoas com deficiência é de 8 a 10% do total da população.

4. Para tornar a escola inclusiva, o que compete às diversas esferas de governo?
"O governo federal presta assistência técnica e financeira aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios para o acesso dos alunos e a formação de professores", explica Claudia Pereira Dutra, secretária de Educação Especial do Ministério da Educação (MEC). Os gestores estaduais e municipais organizam sistemas de ensino voltados à diversidade, firmam e fiscalizam parcerias com instituições especializadas e administram os recursos que vêm do governo federal.

ESCOLA INCLUSIVA

Em escolas projetadas para todos, a altura do mobiliário, o espaço entre as estantes e as mesas, a localização de bebedouros, o tipo de piso, as cores dos ambientes e outros cuidados garantem que as pessoas, não só com deficiência, possam se locomover com segurança e autonomia.


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